Agora quem dá bola é o Santos. O trecho do hino nunca coube tão bem desde que Pelé deixou os gramados. Neste domingo, o Peixe venceu o Corinthians por 2 a 1 e conquistou o Campeonato Paulista pela 20ª vez na história, sendo a quarta nos últimos seis anos (2006, 2007 e 2010, sem contar o vice em 2009). Arouca e Neymar fizeram os gols praianos e confirmaram a primeira taça de Muricy Ramalho na Vila Belmiro.
Eliminado por quatro anos seguidos na semifinal do Paulista quando dirigia o São Paulo, o treinador conquista o Estadual pela segunda vez na carreira – foi campeão em 2004, pelo São Caetano. De quebra, mantém sua invencibilidade, agora de 11 jogos, e conquista seu primeiro troféu na Vila Belmiro.
Muricy também aumenta seu currículo já recheado de conquistas estaduais. Foi bicampeão pernambucano em 2001 e 2002, pelo Náutico, bi gaúcho em 2003 e 2005 pelo Internacional e, agora, bi do Paulistão.
No Corinthians, é o primeiro vice-campeonato da era Tite. O clube, porém, não era segundo colocado do Paulista desde 2005, quando o São Paulo venceu o torneio por pontos corridos. A última final perdida foi ainda mais distante, em 1998, derrotado pelo São Paulo por 3 a 1. O vice deve iniciar mudanças no elenco. Bruno César e Dentinho se despediram hoje do time, que anunciará ainda nessa semana o volante Fábio Simplício.
Muricy expõe defeitos do Corinthians
Com a vantagem de jogar diante da torcida, o Santos fez bom uso do mando de campo e ainda se aproveitou do grande defeito corintiano: a linha burra na defesa. Zé Eduardo e Neymar posicionaram-se sempre para receber os precisos lançamentos de Arouca, Elano e Alan Patrick. A visão de Muricy Ramalho foi o diferencial.
Logo aos sete minutos, Léo invadiu a área e acertou chuta cruzado. A bola raspou o travessão. Na sequência, Zé Eduardo invadiu a área e bateu cruzado para abrir o placar, mas foi anulado por impedimento. Aos 16, não teve jeito. Léo lançou Zé Eduardo pelo lado esquerdo e o atacante bateu cruzado. Arouca, tal qual um centroavante, desviou e marcou o primeiro na Vila.
O gol animou o Santos, mas também fez o Corinthians acordar, ao menos em lances esporádicos. Aos 18 minutos, Jorge Henrique arriscou a finalização de fora da área e assustou Rafael. Depois daí, o Timão só voltaria a assustar aos 41 minutos, novamente com Jorge Henrique, de cabeça. A bola saiu sobre o gol.
Depois disso, só deu Santos. Aos 34, Arouca encheu o pé direito e acertou a trave esquerda de Júlio César. Cinco minutos depois, Zé Eduardo invadiu a área e bateu de canhota, também com perigo. A melhor chance foi aos 43: Neymar foi lançado livre, saiu na cara do goleiro corintiano, mas bateu fraco, para desespero de Muricy.
Glu-glu-glu
Para o segundo tempo, Tite apostou no garoto Willian, que garantiu o empate contra o Palmeiras na semifinal. Para isso, tirou Dentinho, que sem disfarçar chorava no banco de reservas. O atacante deve se despedir nessa semana para jogar no futebol ucraniano.
A mudança não surtiu tanto efeito. O Santos seguiu superior e ampliou a vantagem aos quatro minutos, com Alan Patrick, mas o árbitro paralisou a jogada, por impedimento. Sumido até então, Neymar fez bela jogada aos 12 minutos e deixou Elano livre na área. O meia bateu cruzado, mas sequer acertou o gol.
Willian tentou empatar o jogo assim como fez duas semanas antes. Apesar do bom chute de fora da área, parou em grande defesa de Rafael. Tite percebeu que o Corinthians precisava ficar mais com a bola nos pés e colocou o peruano Ramírez em campo, sacando Paulinho. Depois, Morais substituiu Bruno César.
No Santos, Muricy aderiu à cautela. Possebon substituiu Alan Patrick e Alex Sandro entrou no lugar de Léo. Ainda em campo, Neymar decidiu a parada aos 38 minutos. Invadiu a área e bateu cruzado. Júlio César tentou encaixar, mas levou um belo peru. Frangaço e título na mão do Santos.
Esperança!
Tudo parecia liquidado, até que Morais entrou em cena. Aos 41 minutos, o meia tentou o cruzamento, mas a bola não desviou em ninguém e entrou no canto esquerdo de Rafael. Precisando de mais um gol para empatar a decisão, o Corinthians foi com tudo para cima.
Entrou então a malícia de Neymar. Famoso por irritar seus adversários, o camisa 11 ficou com a missão de segurar a bola no campo de ataque. Cumpriu o objetivo com louvor e fechou a campanha do bicampeonato.
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domingo, 15 de maio de 2011
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