Na Vila Belmiro, o Corinthians conseguiu neutralizar Neymar e Paulo Henrique Ganso, além de contar com um lindo chute de Emerson Sheik, para vencer por 1 a 0 e jogar podendo até mesmo empatar no Pacaembu. Já o Peixe precisa vencer por dois gols de vantagem, mas vale lembrar que 2 a 1, 3 a 2, 4 a 3 dá a classificação ao time da Baixada Santista.
O esquema de segurança do clássico paulista entre Corinthians e Santos, nesta quarta-feira, no Pacaembu, pela semifinal da Copa Libertadores, terá uma novidade A Polícia Militar irá utilizar, pela primeira vez em São Paulo, cães farejadores para detectar torcedores com bombas e sinalizadores e, assim, evitar que esses artefatos entrem no estádio.
"É a primeira vez que a gente utiliza isso (cães farejadores em um jogo de futebol) e espero que funcione", contou o tenente-coronel José Balestiero Filho, comandante do 2.º Batalhão de Choque da PM, que é responsável pelo esquema de segurança do clássico paulista no Pacaembu. "É um procedimento muito comum, como acontece nos aeroportos".
Como não há um número grande desses cães farejadores - o tenente-coronel não soube precisar quantos serão utilizados nesta quarta - e esses animais não podem trabalhar muitas horas, o trabalho deles será concentrado na entrada do tobogã. "O Tobogã é minha maior preocupação", admitiu José Balestiero Filho, lembrando que o setor será destinado exclusivamente aos corintianos e fica muito perto da área reservada aos santistas no Pacaembu.
Além da novidade dos cães farejadores, a PM fez um esquema de segurança reforçado para o clássico paulista. "Sabemos que é um jogo de vida ou morte (para os dois times na Libertadores) e aumentamos bastante o efetivo", disse o tenente-coronel. Assim, haverá um contingente de cerca de mil policiais no Pacaembu e região, sendo 300 deles dentro do estádio.
O zagueiro Chicão (foto) foi o primeiro a entrar em campo nesta terça-feira, seguido do amigo Alessandro (lateral-direito), mostrando que a torção no tornozelo direito não passou de um susto na última segunda. O lateral-esquerdo Fábio Santos participou normalmente do treino tático do Corinthians. E os inseparáveis volantes Ralf e Paulinho garantiram que o Santos não terá moleza no Pacaembu.
Melhor defesa da história da Libertadores até agora com apenas dois gols sofridos em 11 jogos e uma das mais sólidas do País nos últimos cinco anos, o paredão corintiano é a aposta para mais uma vez Neymar e a trupe santista passar em branco. Segurando o forte poder ofensivo do Santos, o time, consequentemente, chega à inédita final de Copa Libertadores após 10 tentativas.
"Temos de nos manter focados, concentrados e fazer de tudo para não levarmos gols. A vantagem é boa, a vaga está nas nossas mãos, mas vamos para uma guerra, uma decisão", discursou o volante Ralf, escolhido para ser o perseguidor de Paulo Henrique Ganso. "Temos de marcá-lo em cima, tentar evitar que a bola chegue e ele possa munir os atacantes".
Além de frear Paulo Henrique Ganso, Ralf sabe do poder de decisão dos santistas e garante que a atenção dos defensores tem de ir além, também, do craque Neymar. "Claro que ele exige muito respeito, muita cautela. Só que o Santos tem muitos jogadores com capacidade de definir. Tem o Ganso, o Arouca, o Elano numa bola parada, o (Alan) Kardec, não trata-se só de Neymar".
E, como todos no grupo, jura que o time não adotará a postura de esperar ser agredido para contra-atacar. Ele quer a torcida corintiana junta, inflamada, e não calada, no desespero. "Temos de jogar como sempre, marcando forte e buscando o gol. Nunca jogamos tentando defender pequena vantagem, buscar o gol é muito mais importante", endossa Paulinho, ciente de que não poderá se arriscar tanto. "Mas se der para chegar uma ou duas vezes, vou lá".
Artilheiro será titular novamente
Borges (foto) é a surpresa do técnico Muricy Ramalho para derrotar o Corinthians, nesta quarta-feira, e recolocar o Santos na briga pelo quarto título da Copa Libertadores. Como nem o empate serve e a vitória por 1 a 0 leva a decisão da vaga para os pênaltis, toda a preparação santista foi voltada para que o time volte a ter o alto aproveitamento ofensivo do Campeonato Paulista (média de 2,52 gols por jogo).
Será preciso fazer pelo menos dois gols e por isso sai Elano e entra Borges. Nos últimos oito jogos, três com a força máxima, o antes devastador ataque santista marcou apenas dois gols. O mais importante foi o de Alan Kardec diante do Vélez Sarsfield, da Argentina, na Vila Belmiro, classificando o time às semifinais da Libertadores, e o outro de Renteria, atuando pelo time misto diante do Fluminense, na terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
O ensaio do novo ataque começou no segundo tempo da derrota por 1 a 0 diante do Corinthians, no primeiro jogo das semifinais, na quarta passada, na Vila Belmiro. Não saiu o gol porque Cássio, com pelo menos duas grandes defesas, não permitiu, mas Muricy Ramalho gostou do que viu.
O que muda é que com Borges o time passa a ter um atacante que além de finalizar com facilidade e eficiência, sabe como poucos fazer a "parede" para quem chega de trás com a bola dominada, aumentando as chances de gol. Outra vantagem é que, com Borges jogando mais avançado, Alan Kardec voltará para compor o meio de campo, com a missão de ajudar Paulo Henrique Ganso - ainda carece de melhor ritmo, depois de permanecer 19 dias parado por conta da artroscopia no joelho direito - na articulação e se movimentar ao lado de Neymar, caindo pelos lados do campo quando o time recuperar a bola.
O ensinamento que Muricy Ramalho tirou da derrota na quarta passada foi que o Santos só é Santos quando amedronta o adversário com a sua força ofensiva. No primeiro jogo da decisão da vaga às finais, o seu toque de bola na etapa inicial só beneficiou o Corinthians, que tem um sistema sólido de marcação e acumula jogadores no meio de campo.
Borges está longe de lembrar o artilheiro do ano passado, com 24 gols em 33 jogos. Além de ter iniciado o ano em má fase, ele acabou sendo a vítima na mudança de filosofia de jogo do time. A partir da aula que o Santos teve do Barcelona, na goleada por 4 a 0 na decisão do Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro passado, no Japão, Muricy Ramalho passou a exigir que a equipe trabalhasse melhor a bola e deixasse de arrancar desordenadamente em direção à área adversária todo momento.
Fonte: Futebol Interior
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