Como a modalidade tem muitos adeptos em Juiz de Fora, no
estado em todo o Brasil – a Copa Toque de Bola de Futsal, por exemplo,
idealizada pelo professor Alfredo Coimbra, caminha para o terceiro ano
consecutivo com muito sucesso – o Toque
de Bola solicitou ao árbitro e jornalista juizforano Adilson Mattos, que
participou recentemente do Congresso Nacional de Arbitragem da modalidade, em
Gramado (RS), um relato detalhado sobre as novas regras. Além dos temas em
discussão, o encontrou no Sul do País serviu também para o anúncio oficial da
criação da Anafutsal – Associação
Nacional de Árbitros de Futsal.
Avaliação
Ao analisar as novidades, Adilson destaca alguns fatores:
sobre a obrigação dos coletes nas substituições, entende que “todo instrumento
colocado para facilitar o entendimento e aplicação da regra é sempre bem
vindo”.
O juizforano aponta entre algumas das principais
deliberações “a liberação de equipamentos de proteção como as máscaras faciais,
a não validação de gol no bola ao chão em chute direto, a diminuição do tempo
de prorrogação e de cobranças de pênaltis após partida”.
Valendo
Segundo Adilson, “as regras já estão valendo. As mudanças
foram tomadas ano passado, mas como a temporada já estava em andamento não se
pode aplicar a regra”. O texto oficial diz: “Em colaboração com a International
Football AssociationBoard (IFAB) e o Departamento de Arbitragem da FIFA, a
Comissão de Futsal da FIFA aprovou as emendas às Regras do Jogo de Futsal e a
Comissão Nacional de Regras da CBFS determina que estas serão aplicadas a
partir de 02 de Julho de 2014 para jogos internacionais e a partir de 01 de
Janeiro de 2015 para as partidas de competições patrocinadas pela Confederação
Brasileira de Futebol de Salão e pelas 27 Federações Estaduais”.
Veja, abaixo, texto com informações de Adilson Mattos e
edição pelo Toque de Bola:
Realizado em Gramado-RS, de 20 a 22 de fevereiro, o
Congresso Nacional de Arbitragem de Futsal foi importante instrumento para que
o Diretor do Departamento de Arbitragem da CBFS, Daniel Pomeroy, auxiliado por
seu assessor técnico, Adilson Mattos, e também pelo presidente da Agafusa
(Associação Gaúcha de Árbitros de Futebol de Salão), Élgio Ribas, explicasse
para os cerca de 400 participantes representantes de todas as regiões do Brasil
as recentes alterações, interpretação e aplicação das regras.
Substituição com
colete
A substituição continua liberada a qualquer momento, se a
bola estiver em jogo ou não, menos durante o tempo técnico. Porém a
substituição só estará oficializada quando o jogador que vai entrar em quadra
através da sua zona de substituição passar o colete para o jogador que está
sendo substituído, a menos que este jogador esteja deixando a quadra através de
outra zona, por qualquer motivo previsto nas Regras do Jogo e neste caso o
substituto deve passar o colete para a arbitragem.
O uso do colete visa para controlar o processo de
substituição e tem simplificado o procedimento e ajudado a evitar cartões
amarelos pelo não cumprimento. Mas se um substituto entra em quadra infringindo
esta norma ou fizer com que sua equipe esteja em jogo com um jogador a mais, os
árbitros, assistidos pelos árbitros assistentes, devem parar o jogo, mas não
imediatamente se a vantagem puder ser aplicada, e aplicar o CARTÃO AMARELO por
comportamento antidesportivo, se a equipe joga com um jogador extra ou por
infringir o procedimento de substituição, se a substituição não foi feita
corretamente.
Expulsão para quem impedir o gol
Deverá também a arbitragem expulsar este atleta se ele
impedir um gol ou uma chance clara de gol. Sua equipe terá o número de jogadores
reduzido, independente se a infração for por não cumprir o procedimento de
substituição ou estiver jogando com um jogador a mais. A recomposição da equipe
será de acordo com o especificado na Regra.
Publicidade
Também foi orientado a arbitragem brasileira como proceder
em relação à publicidade em equipamento e equipamento básico obrigatório que
não deve ter quaisquer slogans políticos, religiosos ou pessoais, declarações
ou imagens. A equipe desse atleta será sancionada pela organização da competição.
Máscara de proteção
Fica liberado ao jogador usar outro equipamento além do
equipamento básico, desde que o seu único objetivo seja protegê-lo fisicamente
e que não represente qualquer perigo para ele ou outro jogador. No caso da
máscara de proteção ela deve ser preta ou da mesma cor que a cor principal da
camisa (contanto que jogadores da mesma equipe estejam vestindo a mesma cor);
estar em consonância com a aparência profissional dos equipamentos dos
jogadores; estar separado da camisa; ser seguro e não representar qualquer
risco para o jogador que usá-lo ou para qualquer outro jogador (por exemplo,
com um fecho à volta do pescoço); e não ter qualquer protuberância.
Bola ao chão: sem gol “direto”
Agora no Bola ao chão a mudança mais significativa é a
seguinte: se um jogador, após a bola ter feito contato com o chão, chutá-la
diretamente para um dos gols e: a bola for diretamente para o gol do
adversário, um arremesso de meta será concedido; se a bola for diretamente para
o gol da própria equipe, um tiro de canto deve ser concedido à equipe
adversária.
Outra norma é que se um jogador, após a bola ter feito
contato com o chão, chuta a bola repetidamente ou a conduz, na direção de um
dos gols e: a bola entra em um dos gols, o gol é válido.
Reinício do jogo após infrações contra goleiros
Esclareceu-se ainda como se reiniciará uma jogo quando
acontecer infrações cometidas contra os goleiros: se o jogo foi interrompido
por causa de uma infração cometida contra o goleiro e os árbitros não puderem
aplicar a lei da vantagem, parando assim a jogada, o jogo será reiniciado com
um tiro livre indireto a partir do local onde a infração foi cometida de acordo
com a regra, salvo se o atacante cometer alguma falta técnica, caso em que os
árbitros, independentemente da ação disciplinar que tiverem que tomar, devem
reiniciar o jogo com um tiro livre direto a partir da posição em que a falta
foi cometida aplicando a regra.
Desempate
No caso de jogos eliminatórios o regulamento da competição
deverá estipular que se joguem dois tempos extras de três ou cinco minutos cada
um. As condições da regra serão aplicadas. Os regulamentos da competição devem
indicar a duração exata dos dois períodos de tempo extra. Se persistir o empate
a regulamentação da competição deve prever cobranças de 3 pênaltis alternados
pelas equipes. Permanecendo o empate tantas quantas cobranças forem
necessárias. As cobranças continuarão a ser dadas na mesma ordem até que uma
equipe marque um gol mais do que a outra a partir do mesmo número de chutes.
Áudio e vídeo
Além das alterações acima mencionadas, está claro também que
o uso de áudio e vídeo a partir de microfones e/ou câmeras pelos árbitros
durante os jogos não são permitidos, principalmente porque gravações
transmitidas pelas emissoras podem prejudicar a credibilidade e integridade dos
árbitros, especialmente em situações críticas.
Fundação da Anafutsal
A fundação da Anafutsal – Associação Nacional de Árbitros de
Futsal – era, segundo Adilson, um desejo de todos os árbitros desde a criação
da CBFS em dia 15 de junho de 1979 no Rio de Janeiro, pelas Federações
estaduais. Um sonho que começou a virar realidade ainda na noite do dia 21. O
fato é que as Associações Estaduais já haviam deliberado um estudo para
viabilizar a entidade no próximo ano, mas depois de uma conversa informal entre
o presidente da Agafusa, Élgio Ribas e Adilson Mattos, tomou-se a decisão de
fundar a entidade no histórico dia 22 de fevereiro com o objetivo de agregar e
representar os árbitros de Futsal do Brasil. A missão é buscar o fortalecimento
da arbitragem de Futsal de todo o país e a excelência no trabalho, e não o
confronto, além unir as condutas dentro e fora das quadras democraticamente.
A diretoria para o primeiro quadriênio está composta pelo
Presidente: Elgio Ribas – RS, Vice Presidente: José Pereira – PR, 1°
Secretário: Rodrigo Kauer – RS, 2° Secretário: Wanderlan Trindade – AM, 1°
Tesoureiro: Elias Machado – RS, 2° Tesoureiro: Matias Miranda – MG. Conselho
Fiscal: Felipe Ventura – SP, Irlan Gonzaga – BA, Jonas Figueredo – DF.
Suplentes Conselho Fiscal: Ana Claudia Souza Andrade – MS, Elson Tavares – RJ e
Joel Ribeiro – ES.
Fonte: Texto com informações
enviados ao Toque de Bola por Adilson Mattos - via Gol de Placa/Futsal de Primeira
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