O resultado deste sábado repete o da final das Olimpíadas de Pequim-2008, em que o Brasil conquistou seu primeiro ouro no vôlei feminino derrotando justamente as norte-americanas na decisão, também por 3 sets a 1.
Desde então, no entanto, os Estados Unidos foram os principais algozes da Seleção em competições internacionais. Nas últimas três edições do Grand Prix, as norte-americanas ficaram com o ouro, deixando a prata com o Brasil, dono de oito títulos da competição.
Seleção se recuperou, derrotou EUA e conquistou o bicampeonato olímpico (Foto:Gaspar Nóbrega/Gazeta Press) |
A partir daí, a Seleção embalou. Conseguiu a vitória sobre a Rússia no tie-break e não encontrou problemas para passar pelo Japão na semifinal. Na decisão deste sábado, o primeiro set mostrou um Brasil apático e com muitos erros, mas os demais tiveram um time vibrante e eficiente, que derrotou as líderes do ranking mundial para conquistar o bicampeonato olímpico.
O ouro deste sábado é ainda mais especial para o técnico José Roberto Guimarães, que se tornou o primeiro brasileiro tricampeão olímpico no vôlei. Ele subiu ao lugar mais alto do pódio comandando o time masculino em Barcelona-1992 e o feminino em Pequim-2008.
O jogo - A seleção norte-americana começou arrasadora a final olímpica, abrindo 5 a 1 no placar e obrigando o técnico José Roberto Guimarães a gastar seu primeiro tempo técnico. O Brasil encontrava dificuldades para derrubar a bola na quadra adversária e, ansioso, acumulou erros em sequência no ataque e na defesa para deixar os Estados Unidos fecharem o primeiro set com um placar impressionante para os padrões do vôlei mundial: 25/11 em 22 minutos de disputa.
No segundo set, a Seleção renasceu. Atuando de forma mais vibrante, conseguiu equilibrar o jogo com um bom saque e melhorou o rendimento no ataque para chegar em vantagem à primeira parada técnica obrigatória. A situação animou os torcedores brasileiros que passaram a gritar “Brasil, Brasil!” e “o campeão voltou”.
Os Estados Unidos chegaram a buscar a igualdade no marcador, mas a Seleção conseguiu frear a reação de suas adversárias, voltou a dominar o jogo e venceu a segunda parcial.
A atuação no set anterior fez as brasileiras embalarem no jogo. Foi a vez das norte-americanas sentirem a pressão da final olímpica e o Brasil abriu 6 a 2 no placar da terceira parcial, com destaque para Jaqueline no ataque e Fabiana no bloqueio. O técnico dos Estados Unidos fez alterações em seu time e mudou a tática de saque, mas nada adiantou.
O Brasil continuou muito bem em quadra e conseguiu virar a partida, aumentando a pressão sobre suas adversárias, que chegaram à final com apenas dois sets perdidos em toda a competição.
Depois de um início de quarto set muito equilibrado, a Seleção disparou no placar e já tinha seis pontos de vantagem na segunda parada técnica obrigatória. Os gritos de “o campeão voltou” passaram a ecoar novamente no ginásio de Earls Court à medida que o bicampeonato olímpico se aproximava.
Faltando poucos pontos para o fim da partida, as jogadoras reservas já comemoravam, mas o título veio minutos depois em um contragolpe de Fernanda Garay que bateu no bloqueio norte-americano e foi para fora.
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