Após ter sido afastada temporariamente, em junho, a
vice-presidente de competições da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) teve
nesta quarta-feira o seu futuro definido. Em uma Assembleia Geral
Extraordinária (AGE), realizada com a participação dos presidentes de
federações e da presidência da entidade, Louise Anne Bedé foi destituída do
cargo. Dos 20 membros aptos a votar, somente quatro votaram pela sua permanência.
Aliada do atual presidente da CBFS, Marcos Antonio Madeira,
Bedé foi afastada do exercício de suas atribuições para não atrapalhar na
apuração de denúncias de corrupção no futsal brasileiro. Oposição
anteriormente, Madeira foi eleito em uma chapa que contou com o apoio de
Louise. Na época, os principais jogadores de futsal do país lançaram o nome do
ex-jogador Nilton Romão, presidente da AABB-SP. Com a vitória de Marcos e a
vice-presidência de Bedé, os jogadores se revoltaram e boicotaram a atual administração,
negando qualquer convocação para a seleção brasileira. Neste meio tempo, o
técnico PC Oliveira fechou o contrato com a seleção, porém, disse que não se
sentia no cargo por conta do boicote.
Além da destituição do cargo de Bedé, outros assuntos foram
tratados na AGE, como a criação de Ligas Regionais estruturadas e voltadas para
um calendário mais completo para as federações. Presidente da Federação Mineira
de Futsal (FMFS), Paulo Ladeia afirma que o esporte vive um processo de
reestruturação na gestão de Marcos Madeira.
- Foi um dia histórico para a modalidade e as decisões
tomadas mostraram a união e a sintonia entre as federações e a Confederação
Brasileira. Este é mais um passo para novas conquistas para o futsal. Esperamos
continuar evoluindo dentro dessa união - afirmou Ladeia.
Entenda a crise no futsal
O estopim da crise aconteceu no início deste ano. Endividada
e impedida de negociar contratos de patrocínio com estatais devido à reprovação
de um dos seus balanços, a CBFS decidiu antecipar sua eleição presidencial para
o fim de março, após cancelar a realização da Copa América, que seria o
primeiro compromisso oficial da seleção em 2015.
A seleção brasileira está sem patrocinador master desde o
fim de 2013, quando os Correios optaram por não renovar o contrato. O motivo é
a reprovação do balanço da CBFS referente ao período entre novembro de 2012 e
dezembro de 2013, quando a entidade era dirigida por Aécio de Borba
Vasconcelos, que renunciou ao cargo em meio a denúncias de corrupção e nepotismo.
Desde então, o máximo que a Confederação conseguiu foi fechar patrocínios
pontuais para os eventos que a seleção disputou em 2014, como o amistoso contra
a Argentina no Mané Garrincha, e o Grand Prix de Futsal.
Fonte: globoesporte.com
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