"Sempre digo que é só colocar algodão no ouvido", sorriu o comandante do Flamengo, ciente de que os tricolores vão pegar no pé principalmente do meia-atacante Ronaldinho Gaúcho, que deixou o Grêmio em 2001 rumo ao Paris Saint-Germain, da França, sem compensação financeira. A ira dos torcedores aumentou quando o jogador aceitou a proposta do Flamengo no início do ano, sendo que sua chegada já era dada como certa pela diretoria gaúcha.
"A pressão é normal. O Ronaldinho jogou lá e preferiu o Flamengo. O pessoal ficou chateado, mas precisamos ser responsáveis. Não pode ter violência, porque aí vai ser desagradável para todo mundo", acrescentou Luxemburgo.
Os gremistas se mobilizam para vaiarem Ronaldinho. Um grupo de fanáticos produziu faixas com a palavra "pilantra" e pretendia erguê-las no estádio. No entando, a Polícia Militar do Rio Grande do Sul não deve autorizar a entrada dos adereços, já que o Estatuto do Torcedor não permite que sejam ostentados cartazes com dizeres ofensivos.
A preocupação para garantir a segurança dos visitantes é tão grande que até a diretoria do Grêmio se mobilizou, ao lado dos dirigentes flamenguistas, para contratar seguranças e proteger o camisa 10 do time carioca.
"O Ronaldinho é muito experiente. Quando entrar em campo, são 11 de cada lado, o juiz, os assistentes... Quem tiver mais chora menos", opinou Luxa, apostando na experiência de seu comandado e sonhando em estragar a alegria dos mandantes. "Imagina só: jogar contra o Grêmio, com todo mundo querendo te complicar e você fazer o pessoal voltar para casa triste", imaginou o técnico, que classificou como "amor" o sentimento dos tricolores por R10.
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