Agora é oficial: Marcos Madeira é o novo presidente da
Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS). Ex-presidente da Federação
Mineira, ele foi eleito para o cargo nesta terça-feira, em pleito com chapa
única, uma vez que seu adversário, Nilton Romão, desistiu de concorrer na
última semana. Madeira terá um mandato de quatro anos e encontrará uma
Confederação sem patrocinador master desde o fim de 2013 e com uma dívida
estimada em R$ 6 milhões.
- Os presidentes das federações são as razões de ser da
Confederação Brasileira de Futsal. Os senhores têm que ser recebidos com
tapetes vermelhos e nós o faremos. Só não nos peçam nada que firam os estatutos
e os regimentos. Nos critique, mas com críticas construtivas, dando os caminhos
a seguir. Somos um lado só, uma unidade, a Confederação é de todos. O
tratamento será igualitário, assim como as cobranças - afirmou Madeira, em seu
discurso de posse.
Participaram da eleição na sede da CBFS, em Fortaleza, todos
os 27 presidentes das federações filiadas. Madeira substitui Renan Tavares, que
poderia exercer o cargo até o fim de 2017, mas decidiu antecipar as eleições a
fim de tentar melhorar a situação da entidade. Além de Madeira, a chapa
"CBFS para todos" conta com Weber Magalhães para a vice-presidência
geral, Louise Bedê para a vice-presidência de competições, e Nei de Oliveira
para a vice-presidência administrativa.
- Todos já sentiram as dificuldades que teremos pela frente,
serão enormes. Mas é um desafio que vamos vencer, com toda a certeza. Quero
todos imbuídos em um único sentido: colocar este esporte genuinamente
brasileiro no local onde ele merece estar. Esta é uma ocasião para comemorar -
comentou o presidente eleito.
Além da crise financeira, Madeira terá que lidar com um
boicote coletivo de jogadores à seleção. Para piorar a situação, Falcão
trabalha nos bastidores para que o selecionado canarinho passe a ser gerido
pela CBF. O craque mantém conversas avançadas com o futuro presidente da
entidade, Marco Polo Del Nero, e uma reunião até o próximo dia 20 de abril deve
selar o destino do futsal brasileiro.
Entenda a crise na cbfs
Líder da oposição à administração de Renan Tavares, Madeira
se aproximou da atual diretoria da entidade nas últimas semanas, o que culminou
na revolta de jogadores e lideranças do futsal, que tinham na figura do
presidente da Federação Mineira a esperança de uma mudança de rumo no comando
da CBFS. O estopim para a crise foi a divulgação do nome de Louise Bedé,
integrante da atual administração, para o cargo de vice-presidente de
competições. Assim como Renan, Louise é uma das remanescentes da gestão de
Aécio de Borba Vasconcelos, que renunciou em 2014 em meio a denúncias de
nepotismo e corrupção.
Por conta da reprovação de um de seus balanços financeiros,
no início de 2014, a CBFS está impossibilitada de negociar patrocínios com
empresas estatais. Patrocinador master da seleção até o fim de 2013, os
Correios não renovaram a parceria após a reprovação das contas referentes ao
período entre novembro de 2012 e dezembro de 2013.
O máximo que a entidade conseguiu no ano passado foi fechar
patrocínios pontuais para os compromissos da seleção. Assim foi no amistoso
contra a Argentina no Mané Garrincha, em setembro, e no Grand Prix de Futsal,
em novembro. Em ambas as ocasiões, os Correios estamparam sua marca na camisa
brasileira, assinando contrato como patrocinador dos dois eventos.
Fonte: globoesporte.com
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